Felizes para sempre. É assim que deveriam terminar as histórias de amor, não é mesmo, Jaílson? Mas e aquele casal ali na outra mesa. Parecem felizes para você, amigo? Veja seus olhos, é como se carregassem neles todo o peso de uma morte a dois. Aos poucos esses enamorados se aleijam, pois tiram um do outro o que cada um tem de melhor pra si. Concentram suas forças para o bem individual alheio e, assim, bem devagar eles se cegam... cegam-se... e como consequência dessa bobagem se matam e matam-se. Feliz você, meu caro, que se esconde nos bares e mentes, Jaílson. Ainda não reconhece a carnificina cega do amor. É, bem que Drummond dizia que conhaque põe a gente comovida como o diabo.
2 comentários:
Jaílson sabe que quando disseram, na Bíblia, que roubar era pecado, não falavam de bens materiais. As pessoas se roubam a todo momento. Roubam o tempo uma das outras. Roubam as lágrimas. Roubam os sentimentos mais puros e importantes. Jaílson, meu caro, deu-se conta disso e não quis mais roubar você.
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