segurou meu corpo junto ao seu
pediu que meus dedos nele desenhassem
com tinta vermelha de força
e minha boca marcasse território em suas curvas
meu sexo, entao, dilatava
Indicando
Pela ansiedade
De minhas mãos
A volúpia que sentia
O desejo animalesco se consome
Neste colchão agora
Possuídos
Pelo gozo
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Seis de setembro
Hoje, estas poucas e tortas linhas, desenhadas como um mistério impossível de ler, não significam nada senão um mero espelhamento daquele que possui o lápis.
Essa noite, o mundo despenca seu peso sobre esta mão direita que, por sua inabilidade ou estupidez, não entende a cadeia rítmica das sinapses.
Agora, o limite entre real e ficcional se estreita e o amigo torna-se um personagem desenhado por letras numa folha de papel.
Cabe a ele a próxima visita e a poesia. Te aguardo em uma próxima noite.
domingo, 5 de setembro de 2010
Uma batida na porta.
São três horas da manhã. Meu relógio biológico insiste pela dormência. Mas o cigarro está aceso e se eu caísse no sono agora, haveria o risco de enfiar esta merda em chamas que de tão altas consumiriam o pouco de memória que ainda me resta.
Uma batida na porta.
Não sinto as pontas dos meus dedos. Porventura trata-se de uma embriaguez? O copo ainda está pela metade. Não é oportuno deixá-lo na geladeira para apenas amanhã tomar o que sobrou.
Uma batida na porta.
Você retorna. Como de um fantasma que já se pensava haver sido exorcizado, seus olhos outra vez passam a me seguir neste quarto. A solidão já não é tão inerente.
Uma batida na porta.
Saúdo a sua presença novamente manifesta com um trago e um longo gole.
Sente-se, Jaílson. Ainda temos muito o que conversar.
São três horas da manhã. Meu relógio biológico insiste pela dormência. Mas o cigarro está aceso e se eu caísse no sono agora, haveria o risco de enfiar esta merda em chamas que de tão altas consumiriam o pouco de memória que ainda me resta.
Uma batida na porta.
Não sinto as pontas dos meus dedos. Porventura trata-se de uma embriaguez? O copo ainda está pela metade. Não é oportuno deixá-lo na geladeira para apenas amanhã tomar o que sobrou.
Uma batida na porta.
Você retorna. Como de um fantasma que já se pensava haver sido exorcizado, seus olhos outra vez passam a me seguir neste quarto. A solidão já não é tão inerente.
Uma batida na porta.
Saúdo a sua presença novamente manifesta com um trago e um longo gole.
Sente-se, Jaílson. Ainda temos muito o que conversar.
A Baudelaire e Eliot
Destas linhas
traçadas primeiramente no papel
Restaram apenas uma projeção
(d)o real
Nesta tela que agora tu me lês.
De um hipócrita - semelhante - irmão
traçadas primeiramente no papel
Restaram apenas uma projeção
(d)o real
Nesta tela que agora tu me lês.
De um hipócrita - semelhante - irmão