segunda-feira, 5 de março de 2012

Áridas

A T. S. Eliot


Estacionei no tempo e em costumes.
Acomodei-me, cotidianizando a mim.
A mão pesa nesse instante, como a tirar das palavras que desenho a sua volúpia, paixão ou outro substantivo abstrato que o valha.
Áridas palavras.

Ausência.

A velhice dos olhos, sem doçura, frígida, uma vez que enevoados estão.
Tal como diz o poeta me sinto, mas se vivo ou morto não sei.
Ainda assim dobro meus joelhos, colho os jacintos e afago teus úmidos cabelos.

Perplexa e silenciosa, hoje a poesia não me completa.

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