sexta-feira, 20 de abril de 2012

Rosa


Debrucei-me sobre uma roseira,
tomando às mãos um de seus botões.
Como menino atrevido, despi-lhe pétala por pétala
desfigurando sua forma,
esculpindo outra.


Pressionando entre meus dedos,
Sangrei-a.
Sangrou-me.
Desencantamos

Inebriado por seu aroma,
Contemplo seu corpo nu, despetalado

Rosa singular;
Não como a do príncipe.
Tampouco a dos sonhos.
Uma mulher com seu amante.

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